quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A dança


O meu corpo dança
E o teu me alcança
E eu viro e rodopio
Ao sentir o teu cio

E fico assim quente
Contigo na mente
A tentar despir
O teu corpo
Visto de frente
De trás e de lado
Vou contigo
Despreocupado

Vira-te pra mim
E dança comigo
Numa dança sem fim
Agarra-te a mim
Verga-te em mim

E depois é seguir em frente
Em tudo o que nos vier à mente

Porque te amo
Porque te quero… assim
Comigo a dançar
Assim, contigo
Contigo a cantar….
E gostar de ver
E gostar de me ter
Contigo…
Pra sempre… estar

pra sempre ser
Imagino-te assim
comigo a dançar
na vida
ou no inferno
mas sempre
num momento
num momento terno


Rompendo o silêncio
sobre o soalho sonante
que vibra
na nossa musica
ao passar nesse instante
com o tacão a roçar o chão
com o coração
a pulsar paixão
com a minha mão
na tua mão
e as tábuas roçadas
gastas pelo passar
prostradas ali no chão
cravadas de tanta paixão
com pregos de emoção
nesse soalho
encerado
de lágrimas e suor
de rosas mordidas
e petalas caidas
pisadas ao passar
dando brilho
lutrado de tanto passar
de tanto amar
em tudo o que te arranco
Nesse intenso tango


Sente o respirar ofegante
sente o equilibrio e o jeito
e o dançar amante
e o odor desse leito
é mais que perfeito
mais que perfeito

volto e rodopio
volto a ter-te
na palma da mão
e deixar-te que me arrastes
pelo chão...

porque faz parte da dança
esse tango firme
para que tudo rime
no que o sentir alcança
dança
comigo dança





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