
Fiz da minha pesada frustração
Um sorriso rasgado por ti
Recriando em mim a ambição
De te ter breve serena aqui
Quis deixar assim para trás
Essa moinha de vontade rejeitada
Ultrapassei pelo lado
Embora cansado
De tudo o que se faz
Das cavilhas que me deixaram pregado
Ainda assim,
Com a mente arregaçada,
Trago-te em mim ambicionada
Não fosse então a distância
Te arrancaria daí brilhante e suada
Sob uma fina bruta lingerie
E eu doce bruto te despi
Perdido por entrar
Ate ao fundo de ti
Numa cena sem fim,
Porque o amor
Tem destas coisas assim
Às vezes por tanto querer
Outras por tanto amar
Querer e tanto querer
Sem perceber
A melhor forma de agradar
Tudo será sempre pouco
E mais, não vai chegar,
O amor é em si incompleto
É assim,
Sempre desperto
Sempre em ebulição
Sempre quente
Que ate parece maldição
Feitiço outros dirão
Rasga e queima
Arde e ate se vê
E consome, consome
O coração
É o amor!
Ou será o amar?