sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Fill Me, Feel Me



Fiz da minha pesada frustração
Um sorriso rasgado por ti
Recriando em mim a ambição
De te ter breve serena aqui

Quis deixar assim para trás
Essa moinha de vontade rejeitada
Ultrapassei pelo lado
Embora cansado
De tudo o que se faz
Das cavilhas que me deixaram pregado

Ainda assim,
Com a mente arregaçada,
Trago-te em mim ambicionada
Não fosse então a distância
Te arrancaria daí brilhante e suada

Sob uma fina bruta lingerie
E eu doce bruto te despi
Perdido por entrar
Ate ao fundo de ti
Numa cena sem fim,
Porque o amor
Tem destas coisas assim

Às vezes por tanto querer
Outras por tanto amar
Querer e tanto querer
Sem perceber
A melhor forma de agradar

Tudo será sempre pouco
E mais, não vai chegar,
O amor é em si incompleto
É assim,
Sempre desperto
Sempre em ebulição
Sempre quente
Que ate parece maldição
Feitiço outros dirão
Rasga e queima
Arde e ate se vê
E consome, consome
O coração

É o amor!
Ou será o amar?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

diz




diz
não a palavra muda
nem a que fica calada
solta e diz
vem
corre pela tua amada

domingo, 21 de outubro de 2007

do silêncio: penso


quando o melhor fica por dizer,
ninguém agradece o silêncio!

by myself

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Si Lency-Oh


O silêncio
Esse amplo vazio
cheio de nada
Cheio de frio
Que tanto esmaga
Sem perdão
As razões do coração

O silêncio
Ensurdece
Em surdina
Nada diz
E desatina
sem gritar
à bolina
Sem marear
Num caminho
sem andar

O silencio
Num sopro de vácuo
Numa falange
Onde eu te marco
No tempo e no silencio
Na distancia do que penso
Das vozes entropidas
Pelas dores feridas
Dos olhares desviados
Do silencio para o silencio
Em sentimentos descontinuados

O silêncio que fala mais do que quer
Maior do que devia
Cresce gigante
Após lua minguante
A dominar o nada do espaço que fica
De um monstro imaginado
Nunca este foi pedido
Apenas criado Somente
Por detrás da mente

Fraco, fraco,
Em volta da ira
Abre a cura outra ferida
Em tudo o que se cala
Em tudo o que se fecha
No silencio que nada fala
No silencio que nada diz


Digo eu – pergunto!
O que é q eu fiz?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Véu...




um véu ou outro.... e o teu olhar...
à luz das velas, ver…
o teu corpo a brilhar
nesse tom quente...
que queima muita gente....
apenas quem não sabe brincar
com o fogo
com o jogo
de saber captar
fotografar
amar...

e eis aquele momento
aquele tempo
que a máquina espera por disparar
posso eu olhar
só depois a maquina
e olho ao firmar a lente quente
focada em ti ausente
alienada do presente

que o tom de luz da vela aquece
escurece e faz brilhar o mais importante ao olhar
olhar que é uma arma

e me mata
me mata
ou me manda ao mar
nas ondas do teu beijo


em estilo.... que para lá das 5 contarei...
da cabeça ao pés...
ao meio nada te direi
também já não saberias quem és...

mais que 3 em 1
do que 5 em 2
somente 1+1
somente nos os dois

A dança


O meu corpo dança
E o teu me alcança
E eu viro e rodopio
Ao sentir o teu cio

E fico assim quente
Contigo na mente
A tentar despir
O teu corpo
Visto de frente
De trás e de lado
Vou contigo
Despreocupado

Vira-te pra mim
E dança comigo
Numa dança sem fim
Agarra-te a mim
Verga-te em mim

E depois é seguir em frente
Em tudo o que nos vier à mente

Porque te amo
Porque te quero… assim
Comigo a dançar
Assim, contigo
Contigo a cantar….
E gostar de ver
E gostar de me ter
Contigo…
Pra sempre… estar

pra sempre ser
Imagino-te assim
comigo a dançar
na vida
ou no inferno
mas sempre
num momento
num momento terno


Rompendo o silêncio
sobre o soalho sonante
que vibra
na nossa musica
ao passar nesse instante
com o tacão a roçar o chão
com o coração
a pulsar paixão
com a minha mão
na tua mão
e as tábuas roçadas
gastas pelo passar
prostradas ali no chão
cravadas de tanta paixão
com pregos de emoção
nesse soalho
encerado
de lágrimas e suor
de rosas mordidas
e petalas caidas
pisadas ao passar
dando brilho
lutrado de tanto passar
de tanto amar
em tudo o que te arranco
Nesse intenso tango


Sente o respirar ofegante
sente o equilibrio e o jeito
e o dançar amante
e o odor desse leito
é mais que perfeito
mais que perfeito

volto e rodopio
volto a ter-te
na palma da mão
e deixar-te que me arrastes
pelo chão...

porque faz parte da dança
esse tango firme
para que tudo rime
no que o sentir alcança
dança
comigo dança





terça-feira, 9 de outubro de 2007

Juntos somos invencíveis

Juntos somos invencíveis,
Mas não nos vencemos.
Somos duros demais para dobrar
E rijos demais para partir.

E o que o tempo quebrou
O que o sono tirou
Desenha na sombra
Esse animal que sou

Rasga-me esta mascara
Sem culpa, sem remorsos
Que agora rima
Com nossos destroços

Devolve-me o teu sorriso,
Em tudo o que preciso,
Porque assim faz sentido
Porque assim te tenho lido


porque o amor assim seduz
porque és a minha luz

Andar a mil



Andar a 1000,
a correr...
sem percorrer distancias
sem decorrer do pensamento
o automatismo do andante
que segue em frente
que é empurrado
na cadencia que a maquina impõe.

Essa roda dentada,
de forca motriz,
aqui colocada
num semi-eixo de giz
que roda e vai apagando
e boleando as suas estrias
profundamente marcadas,
que se gastam,
que se corroem,
nessa corrida a 1000,
que vai para lá,
sem se saber porque se corre,
nem o que escorre da alma.
Correr a mil,e
m mil corridas cavalgadas,
suadas e doloridas,
coloridas de um cinzento velho,
ou de um lilás ténue fraco
que esconde o fogo que mata...
Que corre a mil


Quem corre a mil!??

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Do tempo que me falta, aqui o invento

E eis que aqui me trago.
Eis que aqui me revejo e me exalto nas palavras e nas ideias.
Eis o tempo que me falta e que aqui eu i-vento!