quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Brisa de Seda



Deito-te na minha alma,
Cubro-te com o meu olhar
Deslizo sobre ti na tua pele de seda
Deslizo sobre ti a amar

Murmuro feliz ao teu ouvido
Esta minha brisa de amor
Segredo-te no teu corpo comovido
Todo este meu calor

Que me deixa tão quente
Onde largo a semente

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Polén


trago esta sede de ti,
este habito em mim,
que me aconchega no teu paladar,
e a eterna saudade do teu toque,
o sabor do teu beijo flor,
das pétalas que deitas sobre o meu corpo,
e o pólen num sopro à minha alma
que faz germinar, todo este amor

por ti.

vivo um dia de cada vez,
mas o amor por inteiro,
em tudo o que me lês,
vens sempre primeiro.
É do amor,
do tempo
e da amizade,
esse calor
de fogo
de verdade.
Se preciso de ti
e tu de mim,
é o amar que é assim

Código de Magia


Cada letra
um ponto de energia,
cada palavra,
um fulcro de magia,
cada frase
a expressão de quem cria,
o texto o mundo
e o universo de fantasia,
o uso do código
para dar a entender
que é preciso dar,
dar, dar, dar
para bem receber!

Palavras Prontas




tenho prontas
estas linhas,
pontos, letras e palavras,
divididas por espaços
e entrelinhas,
verbos e nomes em concordância,
género e numero
numa brincadeira de criança,
de bilhetes escondidos
e palavras quase proibidas,
de mensagens quase secretas,
são estas minhas vontades erguidas,
são estas minhas vontades profetas,
de escrever sobre o teu corpo,
tintado com o calor do meu
saliva, sangue e suor
todas as palavras
que posso re-inventar
ao falar de amor.
para me revelar nu teu caminho
e surgir assim
migrado de sozinho
com o teu bilhete na mão,
passaporte e guia de marcha
para fugir da solidão
para o aconchego
do teu peito
à Estação paixão.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Cais


Peguei nesse teu sussurro leve
E guardei-o em mim
Em todas essas cores do teu olhar
Que me incutem este imaginar
Constante e intenso
Sem principio nem fim
Guardo-o em mim

Guardei-o em tudo o que penso
E no que penso o faço redobrar
Procuro em ti
Esse farol que me indica
O molhe ou pontão
A tua direcção
Onde devo eu atracar
De bolina em bolina
Alinhado pela proa
Rasgando a neblina
Envergando uma coroa
De vontade erguida
Jamais esquecida
E em ti onde saber
A âncora lançar
Para viver - sobreviver
Amor
Jamais naufragar!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Emergir


Faz muito tempo
Que me fiz ao caminho
Que decidi num momento
Não querer ficar sozinho

Comi pó e poeira
Apanhei chuva e vento
Rastejei de muita maneira
Sobre a frustração e desalento

Colhi do meu percurso e caminho
Muitos e tantos ensinamentos
Saberes tamanhos de um dedo mindinho
Saberes gigantes de estranhos momentos

Juntei toda a poeira e pó do meu caminho
E com as minhas lágrimas e suor amassei com tudo o que vi
Projectei com sangue
Na minha pele um pergaminho
Sobrepus pedra sobre pedra que arranquei sozinho
Todas as que arranquei no meu caminho
Fiz então esta ponte para ti
Para que pudesse chegar ao lado de lá
Sente-me agora que cheguei
Agarra-me e deixa-me ficar por cá

assim
da morte ressuscitei

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O peso do tempo no caminho



Não deixes que o tempo te carregue com o peso da vida
Nem que o nevoeiro dos dias te limite o almejar do horizonte do amor.
Solta um grito abre os braços e sente que afinal podes voar.
Deixa que o vento te pegue e te eleve,
ainda que parada, te deixe a pensar,
na outra forma de ver o brilho das coisas,
quiçá vejas também a luz do amar.

Não alavanques todas as pedras do teu caminho,
usa algumas para pisar,
que te sirvam de escada,
te sirvam de ponte para os braços
de quem queres abraçar.

Não olhes para tudo que vês
Com todas as certezas de historias que já te contaram,
acredita na mudança e na volta que o mundo pode dar.

Nem tudo o q sentes podes ver ou materializar,
o toque e a magia estão sempre presentes,
mesmo quando tudo parece falhar.
Acredita e segue o que sentes,
dúvidas deves evitar,
às vezes problemas são soluções,
outras vez soluções são erros que precisamos dar.
Assim aprendemos, sob signos encruzilhados
movidos por certezas matemáticas,
sem erros vão nos dizendo onde estamos a errar.

Fala ao sol e a lua,
chama pelos demais,
para pedir ajuda,
todas as forcas nunca estão a mais.

Mas o principal é o sal e o amor com que temperas a vida.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

essa magia


essa magia do teu olhar,
esse sorriso que me embala,
esse teu corpo que me faz passar,
este meu amor que não se cala,
faz de ti tão especial,
no meu instinto animal
de te querer,
de te ter,
gritar amar,
sem me calar…

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Nunca deixes de olhar


não deixes de olhar
nem ao render da guarda
ha que saber esperar
pela dia, pela noite
ou pela madrugada
e so depois com o sol a raiar
poderás então dizer
se afinal valeu a pena ficar
ou se vais partir
ou se me vais olhar

pois que a luz te ilumine
e o teu anjo te guarde
em beleza que te fascine
porque pra viver
nunca é tarde


vives como amas

ou amas como vives?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Fly me above


Try to fly
All over me
Try to fly and
Please touch me

Light me
With the shinning of your eyes
Bring me a little of sun
In the palm of your hand

Looking for me
And fly me above
Kiss my body
Fly for your love

Be my butterfly
Let me be your flower
You will be my wings
I’ll be your power

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Distância


Nesta distância
Tão curta que é
Estica-se o sentido
Fico - quase sem fé,
Por não entender
Nem conseguir deslumbrar
As meças que ficam
Para que se possa amar


Embora tão perto e presente
Que até se está
Mas numa rotina tão crente
Num ciclo andante,
Que tanto se repete
Deixa tudo tão longe
Deixa tudo tão distante

Perguntei à saudade,
Pela nostalgia
E a nostalgia
Pela saudade
E o que me disseram
Não foi mentira,
E o que me disseram
Não foi verdade
E aos sentidos peregrinos
Perguntei pela vontade de amar
Responderam-me que:
Por vezes no meio de muita gente
Estamos mais sozinhos
Embora estejamos tão perto,
Muitas vezes tão longe
Do onde queremos estar.

E penso que o amor
É como uma vela
Que deve arder até ao fim
Mesmo em dias de tempestade
Não se pode perder a chama
Nem eu por ti, nem tu por mim
Que nos proteja o nosso anjo da guarda
Que nos dê força para continuar,
As vezes o olhar que tarda
Alavanca a distância
Sem sequer nos empurrar

E nem que queime as minhas mãos
Por cobrir a chama da tempestade
E quem possa soprar será em vão
É mais forte esta união
Queimara a vela até ao fim
Dizem que o amor deve ser assim

Assim com as mãos em forma de concha
Assim com a expressão do olhar
Espero e aguento, às vezes com dor
Até a tempestade passar
Fico com as mãos quentes
A arder em sentimento
Que isto do amor
Tem o seu lado de sofrimento

Distância, é que se deve encurtar
Porque o tempo que temos na vida
É o caminho mais curto
Para a morte que temos tão certa
E se não nos cruzarmos com o amor
Então de que vale a pena viver
Se não se é desejado
Fica-se assim, com o coração
Petrificado

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Fill Me, Feel Me



Fiz da minha pesada frustração
Um sorriso rasgado por ti
Recriando em mim a ambição
De te ter breve serena aqui

Quis deixar assim para trás
Essa moinha de vontade rejeitada
Ultrapassei pelo lado
Embora cansado
De tudo o que se faz
Das cavilhas que me deixaram pregado

Ainda assim,
Com a mente arregaçada,
Trago-te em mim ambicionada
Não fosse então a distância
Te arrancaria daí brilhante e suada

Sob uma fina bruta lingerie
E eu doce bruto te despi
Perdido por entrar
Ate ao fundo de ti
Numa cena sem fim,
Porque o amor
Tem destas coisas assim

Às vezes por tanto querer
Outras por tanto amar
Querer e tanto querer
Sem perceber
A melhor forma de agradar

Tudo será sempre pouco
E mais, não vai chegar,
O amor é em si incompleto
É assim,
Sempre desperto
Sempre em ebulição
Sempre quente
Que ate parece maldição
Feitiço outros dirão
Rasga e queima
Arde e ate se vê
E consome, consome
O coração

É o amor!
Ou será o amar?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

diz




diz
não a palavra muda
nem a que fica calada
solta e diz
vem
corre pela tua amada

domingo, 21 de outubro de 2007

do silêncio: penso


quando o melhor fica por dizer,
ninguém agradece o silêncio!

by myself

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Si Lency-Oh


O silêncio
Esse amplo vazio
cheio de nada
Cheio de frio
Que tanto esmaga
Sem perdão
As razões do coração

O silêncio
Ensurdece
Em surdina
Nada diz
E desatina
sem gritar
à bolina
Sem marear
Num caminho
sem andar

O silencio
Num sopro de vácuo
Numa falange
Onde eu te marco
No tempo e no silencio
Na distancia do que penso
Das vozes entropidas
Pelas dores feridas
Dos olhares desviados
Do silencio para o silencio
Em sentimentos descontinuados

O silêncio que fala mais do que quer
Maior do que devia
Cresce gigante
Após lua minguante
A dominar o nada do espaço que fica
De um monstro imaginado
Nunca este foi pedido
Apenas criado Somente
Por detrás da mente

Fraco, fraco,
Em volta da ira
Abre a cura outra ferida
Em tudo o que se cala
Em tudo o que se fecha
No silencio que nada fala
No silencio que nada diz


Digo eu – pergunto!
O que é q eu fiz?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Véu...




um véu ou outro.... e o teu olhar...
à luz das velas, ver…
o teu corpo a brilhar
nesse tom quente...
que queima muita gente....
apenas quem não sabe brincar
com o fogo
com o jogo
de saber captar
fotografar
amar...

e eis aquele momento
aquele tempo
que a máquina espera por disparar
posso eu olhar
só depois a maquina
e olho ao firmar a lente quente
focada em ti ausente
alienada do presente

que o tom de luz da vela aquece
escurece e faz brilhar o mais importante ao olhar
olhar que é uma arma

e me mata
me mata
ou me manda ao mar
nas ondas do teu beijo


em estilo.... que para lá das 5 contarei...
da cabeça ao pés...
ao meio nada te direi
também já não saberias quem és...

mais que 3 em 1
do que 5 em 2
somente 1+1
somente nos os dois

A dança


O meu corpo dança
E o teu me alcança
E eu viro e rodopio
Ao sentir o teu cio

E fico assim quente
Contigo na mente
A tentar despir
O teu corpo
Visto de frente
De trás e de lado
Vou contigo
Despreocupado

Vira-te pra mim
E dança comigo
Numa dança sem fim
Agarra-te a mim
Verga-te em mim

E depois é seguir em frente
Em tudo o que nos vier à mente

Porque te amo
Porque te quero… assim
Comigo a dançar
Assim, contigo
Contigo a cantar….
E gostar de ver
E gostar de me ter
Contigo…
Pra sempre… estar

pra sempre ser
Imagino-te assim
comigo a dançar
na vida
ou no inferno
mas sempre
num momento
num momento terno


Rompendo o silêncio
sobre o soalho sonante
que vibra
na nossa musica
ao passar nesse instante
com o tacão a roçar o chão
com o coração
a pulsar paixão
com a minha mão
na tua mão
e as tábuas roçadas
gastas pelo passar
prostradas ali no chão
cravadas de tanta paixão
com pregos de emoção
nesse soalho
encerado
de lágrimas e suor
de rosas mordidas
e petalas caidas
pisadas ao passar
dando brilho
lutrado de tanto passar
de tanto amar
em tudo o que te arranco
Nesse intenso tango


Sente o respirar ofegante
sente o equilibrio e o jeito
e o dançar amante
e o odor desse leito
é mais que perfeito
mais que perfeito

volto e rodopio
volto a ter-te
na palma da mão
e deixar-te que me arrastes
pelo chão...

porque faz parte da dança
esse tango firme
para que tudo rime
no que o sentir alcança
dança
comigo dança





terça-feira, 9 de outubro de 2007

Juntos somos invencíveis

Juntos somos invencíveis,
Mas não nos vencemos.
Somos duros demais para dobrar
E rijos demais para partir.

E o que o tempo quebrou
O que o sono tirou
Desenha na sombra
Esse animal que sou

Rasga-me esta mascara
Sem culpa, sem remorsos
Que agora rima
Com nossos destroços

Devolve-me o teu sorriso,
Em tudo o que preciso,
Porque assim faz sentido
Porque assim te tenho lido


porque o amor assim seduz
porque és a minha luz

Andar a mil



Andar a 1000,
a correr...
sem percorrer distancias
sem decorrer do pensamento
o automatismo do andante
que segue em frente
que é empurrado
na cadencia que a maquina impõe.

Essa roda dentada,
de forca motriz,
aqui colocada
num semi-eixo de giz
que roda e vai apagando
e boleando as suas estrias
profundamente marcadas,
que se gastam,
que se corroem,
nessa corrida a 1000,
que vai para lá,
sem se saber porque se corre,
nem o que escorre da alma.
Correr a mil,e
m mil corridas cavalgadas,
suadas e doloridas,
coloridas de um cinzento velho,
ou de um lilás ténue fraco
que esconde o fogo que mata...
Que corre a mil


Quem corre a mil!??

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Do tempo que me falta, aqui o invento

E eis que aqui me trago.
Eis que aqui me revejo e me exalto nas palavras e nas ideias.
Eis o tempo que me falta e que aqui eu i-vento!